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terça-feira, 20 de julho de 2010

A IMPORTÂNCIA DO PRONAF



De um modo geral, pode-se dizer que até o início da década dos anos noventa não existia nenhum tipo de política especial para o segmento da agricultura familiar, sendo esta atividade, inclusive, praticamente inacessível ao crédito rural programado.
As normas básicas do Pronaf, programa criado para o fortalecimento dessa agropecuária, define como objetivo geral propiciar condições de acesso ao crédito a toda sociedade rural produtiva visando aumentar a capacidade produtiva, a geração de emprego e de renda, de tal forma a melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares e sua fixação no meio em que vive.

Foram definidos como objetivos específicos:
a) ajustar as políticas públicas de acordo com a realidade dos agricultores
familiares;
b) viabilizar a infra-estrutura necessária à melhoria do desempenho produtivo
dos agricultores familiares;
c) elevar o nível de profissionalização dos agricultores familiares através do
acesso aos novos padrões de tecnologia e de gestão social;
d) estimular o acesso desses agricultores aos mercados de insumos e produtos.

Sob o ponto de vista político, o país se divide em duas agropecuárias: a agricultura familiar, com notada importância no fornecimento dos produtos básicos da alimentação ( feijão, arroz, milho, suínos, avicultura, etc.) e a agropecuária empresarial, voltada principalmente para o mercado externo participando significativamente no saldo positivo do nosso balanço de pagamentos.

Com uma política de coerência na afirmação de prioridades econômicas, o governo vem respondendo positivamente às necessidades de alocação de recursos para tornar o produtor da agricultura familiar num dos esteios da alimentação básica dos brasileiros.

A expectativa do segmento é de que essas políticas públicas, voltadas ao incentivo e segurança desses produtores, se aperfeiçoem e fortaleçam.



Nilson Hanke Camargo é engenheiro agrônomo e economista do DTE/FAEP

Porto de Paranaguá- principal entrave ao agronegócio

Infra Estrutura – Prioridades do Agronegócio


Reconhecidamente a agropecuária paranaense tem sido competente dentro da propriedade. Fato conhecido também de que fora da porteira da fazenda, as condições de transporte para o beneficiamento e comercialização da sua produção são caóticas.
Consultando especialistas do setor de transportes, e analisando cautelosamente as necessidades do agronegócio, a FAEP definiu, desde o ano de 2002, um elenco de investimentos considerados prioritários para aumentar a eficiência econômica dos resultados da atividade.
Apresentado à sociedade civil organizada paranaense, através dos diversos fóruns de discussão sobre a logistica estadual, constatou-se que grande parte dessas prioridades são coincidentes com as demais instituições interessadas no assunto.
Abrangendo os modais rodoviário, ferroviário e portuário, definiu-se como prioridades incondicionais para a melhoria nos resultados econômicos do agronegócio as seguintes:

Rodovias
• recuperação total da malha rodoviária estadual;
• redução no preço das tarifas de pedágio nas rodovias do Anel de Integração e conclusão de sua duplicação;
• expansão da malha pavimentada incluindo a conclusão de rodovias importantes, como a "Boiadeira".
• Asfaltamento da estrada do Cerne.
• Construção do trecho de cerca de 10 km entre a BR 277 e o Porto de Antonina

Ferrovias
• construção de um novo trecho ferroviário entre Guarapuava e Ipiranga para integrar de forma operacional a Ferroeste com o sistema da RFF (concessão da ALL);
• construção de um novo traçado entre Curitiba e Paranaguá;
• construção do trecho Campo Mourão - Jussara para dar fluxo ferroviário à produção do oeste/noroeste
• ampliação da Ferroeste trechos de Cascavel a Guaíra

Portos
• reforma da sub e supra estrutura de suporte à atracação de navios
• dragagem permanente;
• construção do cais oeste no porto de Paranaguá
• construção de um novo silo graneleiro para 100 mil toneladas
• recuperação/substituição dos equipamentos de recepção e embarque de graneis sólidos nos navios

A relação de investimentos implica no valor total aproximado de R$ 2,1 bilhões, considerado modesto considerando-se que o Estado do Paraná é o 5º Estado na participação da arrecadação federal e o 22º no recebimento dos investimentos.
Todos os investimentos estão definidos consensualmente pelas usuários do sistema de transportes, os recursos são possíveis de serem alocados, cabe aos governos a vontade da execução.


Nilson Hanke Camargo – Engº Agrônomo e Economista – FAEP/DTE

Ferrovia Cianorte-Maringá

O trecho ferroviário entre essas localidades, hoje desativado e em análise de reativação por parte da concessionária ALL, é de grande importância para a economia do noroeste do Estado. Há um grande número de usinas de açúcar e álcool instaladas na região e em fase de implantação, além do volume significativo de outras cargas da própria região e daquelas com origem nos Estados vizinhos, especialmente Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, com destinos os mercados internos e de exportação via porto de Paranaguá e Antonina.
A micro região de Campo Mourão, um dos maiores pólos de produção de grãos do Paraná, atualmente sem acesso ferroviário para a sua grande produção, tem como alternativa mais viável para ter acesso a esse modal de transporte, um ramal de Campo Mourão à Jussara, localidade por onde passa o trecho em análise de reativação pela concessionária.
Esse trecho, com custo de construção estimado em R$ 150 milhões, esta incluso nas prioridades de investimentos ferroviários da FAEP e o consideramos como extremamente importante para o nosso agronegócio e o desenvolvimento mais acelerado daquela região.
Aguarda-se com expectativa a decisão da ALL e, em seguida, a decisão dos governos estadual e federal, pela construção do ramal mencionado.

domingo, 18 de julho de 2010